quarta-feira, outubro 25, 2006

Dama na água alemã e doce filme chinês


Segunda-feira, 23 - AQUANITIS

Começando a segunda-feira cedo, consegui ver 4 filmes num dia só. Essa é a meta, mas é difícil. Tem que arrumar tempo pra comer, ir ao banheiro e escrever no blog, ao menos eh eh Pelo simples fato de ser um filme curto, com 78 minutos, optei por abrir a semana com um obscuro filme alemão, Aquanitis, realizado em digital, que concorre oficialmente na Mostra na seleção novos diretores, no caso o alemão Peter Mahlknecht, também ator e documentarista, aqui em seu primeiro trabalho como diretor em ficção. O filme conta a história de Vinzenz, um empresário alemão que tem um irmão artista, escultor. Vinzenz vive estressado e sofre um derrame. Após recuperar-se, ele passa a ter uma estranha obsessão por água e acredita ter encontrado uma ninfa mítica e nua, Aquana, que persegue em lagos e represas.
O que o filme tem de curioso é uma semelhança com A Dama na Água de Shyamalan. Mas em Aquanitis a relação do protagonista com a ninfa é mais direto, focado no desejo sexual, na busca da felicidade, do amor perfeito. Bem realizado, Aquanitis daria um interessante curta metragem. Tanto que, com apenas 78 minutos, revela-se vazio e tolo. Curiosidade de Mostra, não deverá ser lançado comercialmente no Brasil.

Segunda-feira, 23 - FICA COMIGO

Um dos filmes mais festejados pela crítica local é o bonito Fica Comigo (Be With Me), de Eric Khoo. Seria o indicado de Cingapura para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro, mas foi desclassificado por ser falado em inglês. O filme adota o já repetitivo formato de roteiro em que várias pequenas historinhas tocam-se em algum ponto da narrativa. Temos um senhor desencantado após a morte da esposa, duas garotas que conhecem-se pela internet e vivem um inocente paixão lésbica, e um segurança gordo que segue obsessivamente uma bela executiva da empresa onde trabalham. No atual panorama de incomunicabilidade das pessoas num mundo com excesso de informação e contato virtual, Fica Comigo não promoverá a união entre os pares. Muito pelo contrário, fatos inusitados concluirão as histórias de forma um tanto triste e melancólica. O diferencial do roteiro é incluir uma quarta história, esta baseada na vida real de Theresa Chan, uma cativante velhinha surda e cega desde os 14 anos, que interpreta a si mesmo no filme e intercala as outras histórias com seu relato de coragem, vontade de viver e superação de árduas adversidades. É bonito e honesto, mas fica a um passo da pieguice edificante, podendo ser visto equivocadamente como um 'filme de auto-ajuda'. Não é, mas chega perto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nando, não perca EDMOND!!

Osvaldo Neto
(www.vaeveja.blogspot.com)

Fernando Vasconcelos disse...

cara,
estou ligado no EDMOND, até porque é curtinho. mas, putz, é muito filme pra ver, esse acho que sai aqui em DVD, pelo menos. mas, se der, não deixarei de ver. Valeu a dica!

Anônimo disse...

Cara... se eu fosse você, não deixaria de ver por nada deste mundo hehe. Pô, Stuart Gordon comandando um senhor cast que vai desde Macy, Julia Stiles e passando por gente do naipe de Joe Mantegna e Jeffrey Combs com um roteiro do Mamet em mãos só pode sair algo, no mínimo, muito legal.

Tem o asiático A PROMESSA. Alguns não gostaram dele, mas se eu estivesse em SP veria do mesmo jeito.

Osvaldo Neto
(www.vaeveja.blogspot.com)

Fernando Vasconcelos disse...

Sim, acho que vai dar pra ver EDMOND. Sobre A PROMESSA, Júlio Cavani achou muito brega...
vejo não, depois em DVD pode ser.
Acabo de ver HOLLYWOODLAND, sobre o Superman da TV, George Reeves,
que se suicidou. Legal, melhor que Dália Negra eh eh