sexta-feira, outubro 31, 2008

MOSTRA SP | Filmes Premiados


Nessa quinta chegou ao fim a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2008 com uma noite especial: sessão única de Che com presença dos atores Benicio Del Toro e Rodrigo Santoro, uma cerimônia cheia de prêmios inesperados e show da "cantriz" portuguesa Maria de Medeiros. Entre os vencedores tivemos a oportunidade de assistir o pernambucano KFZ-1348, já comentado no blog. A vitória do prêmio especial do júri é um grande empurrão na carreira de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso e na do próprio filme, que já dava sinais de que ganharia algum prêmio graças a boa recepção do público e do apoio de Wim Wenders. Kinemail dá os parabéns aos diretores e ao produtor João Vieira Jr. :)

O outro vencedor que conferimos foi o alemão O Estranho em Mim (FOTO), de Emily Atef, nas categorias melhor filme e melhor atriz para Suzanne Wolff segundo o júri internacional. Nem eu, nem Fernando e nem Carol Ferreira gostamos do longa sobre uma mulher tentando superar uma depressão pós-parto e é frustrante vê-lo saindo duplamente premiado. Publicaremos crítica em breve aqui.

Segue a lista dos vencedores:

Prêmio da crítica
Aquele Meu Querido Mês de Agosto de Miguel Gomes

Prêmio da Juventude
Verônica de Maurício Farias

Prêmios do Público
Melhor Longa Estrangeiro de Ficção
Jodhaa Akbar de Ashutosh Gowariker
Melhor Documentário Estrangeiro
Youssou N'dour: I Bring What I Love de Elizabeth Chai Vasarhelyi
Melhor Documentário de Longa-Metragem Brasileiro
Loki - Arnaldo Baptista de Paulo Henrique Fontenelle
Melhor Longa Brasileiro de Ficção
Apenas O Fim de Matheus Souza

Prêmios de Finalização
Longa-Metragem
Apenas O Fim de Matheus Souza
Curta-Metragem
Monkey Joy de Amir Admoni
Média-Metragem Brasileiro
Bode Rei, Cabra Rainha de Helena Tassara

Prêmios do Júri Oficial
Menção Honrosa
Vidas no Lixo de Alexandre Stockler
Melhor Curta-Metragem Internacional
Death Valley Superstar de Michael Yaroshevsky
Melhor curta-metragem Brasileiro
Monkey Joy de Amir Admoni
Melhor Média-metragem Brasileiro
Bode Rei, Cabra Rainha de Helena Tassara

Prêmios do Júri Oficial de Documentários
Menção Especial
Conhecendo Andrei Tarkovsky de Dimitry Trakovsky
Prêmio Especial do Júri
KFZ-1348 de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso
Melhor Documentário
Crianças da Pira de Rajesh S. Jala

Prêmios do Júri Internacional
Melhor Filme
O Estranho em Mim de Emily Atef
Melhor atriz
Susanne Wolff (O Estranho em Mim)

Kinemail continua postando críticas sobre os filmes vistos na Mostra, comentem!
Por Filipe Marcena

quarta-feira, outubro 29, 2008

MOSTRA SP | Deixa Ela Entrar


Adaptação do livro homônimo de John Ajvide Lindqvist, Deixa Ela Entrar é uma pequena surpresa vinda das frias terras suecas. O filme de Tomas Alfredson já ganhou 13 prêmios ao redor do mundo e vem conquistando vários fãs ardorosos. Em sua história simples, Oskar, um garoto outsider de 12 anos, acaba de conhecer sua nova e estranha vizinha Eli. Com o tempo, acabam se apaixonando. Nada demais caso a garota não guardasse um segredo macabro.

Deixa Ela Entrar tem feito todo esse barulho por tratar-se de um filme de vampiros. E a natureza sombria do tema é perfeitamente mesclada com o romance e com a angústia pré-adolescente do protagonista. Tem para todos os gostos: a mitologia vampírica é respeitada, há sustos e gore, uma delicada história de amadurecimento e o romance mais meigo e doce (com leve sabor de sangue) que vi em muito tempo. Alfredson filma muito bem as gélidas locações da Suécia, assim como dirige com maestria seu elenco, especialmente o infanto-juvenil.

A boa recepção do público da Mostra já garante um lançamento nas telonas brasileiras, provavelmente para o ano que vem. Infelizmente, Hollywood já engatou o remake também para o ano que vem, sob a batuta de Matt Reeves (Cloverfield). Não é preciso muito pra dizer que esse remake não vai lamber a sola das botas do original. Não espere pela nova versão e assista assim que puder Deixa Ela Entrar, um lindo filme sobre amor, juventude e vampiros.

Cotação: Ótimo
Filipe Marcena

terça-feira, outubro 28, 2008

MOSTRA SP | Meu Winnipeg


O canadense Guy Maddin já é figurinha carimbada na Mostra SP. Todo ano tem filmes dele, que nunca são comprados para o Brasil, experimentais demais para o circuito comercial mas perfeitos para exibição em festivais. Ano passado foi muito falado o Brand upon the Brain! em sessão evento multimídia com música e narração ao vivo por Marília Gabriela em sessão concorrida.

My Winnipeg é a nova travessura cinematográfica de Guy Maddin, que faz um cinema muito particular, quase sempre em preto e branco, evocando/mimetizando o cinema mudo, com um toque meio gay, como cenas de vestiário masculino ou rapazes de maiô anos 20 etc. quase tudo produzido atualmente, num cuidadoso trabalho de direção de arte e figurinos, tudo manipulado no próprio celulóide e na sala de montagem, um trabalho muito bacana.

Dessa vez, o fio narrativo é um homem deixando sua cidade de trem, dormindo e sonhando com memórias de sua família, sua infância e adolescência, num pseudo-documentário pessoal. O formato é de uma overdose de imagens e sons retrô, com narrativa em off dramática e contínua, que funciona bem nos vários curtas de Maddin, mas em formato de longa (80 minutos) fica um pouco cansativo. Ainda assim, é uma experiência curiosa. Vale conhecer o cinema de Maddin, que tem obviamente muitas referências ao cinema mudo, mas também algo de David Lynch e outros cineastas modernos que investem num cinema mais sensorial, orgânico. Na bizarra cena da FOTO acima, casais namoram num parque cheio de cabeças de cavalo, que afogaram-se tentando atravessar um rio no inverno. Você pode não gostar do filme como um todo, mas numa maratona decentenas de filmes, com certeza essa é uma imagem que fica na memória.

Cotação: bom
Fernando Vasconcelos

Obs. Abrindo a sessão, com presença do produtor de Guy Maddin na sala, vimos também um curta comentado de Isabella Rosellini, Pornô Verde, onde ela, vestida com bizarras roupas de mosca, aranha, minhoca etc. mostra didaticamente como transam esses pequenos animais. Na verdade um negócio meio blefe, já que não é um curta e sim uma compilação de spots de poucos minutos, concebidos para veicular no YouTube, em celulares etc, como bem explicou o produtor do filme, formatos onde as pessoas assistem muita pornografia. Uma boa idéia, mas, repito, lançado na Mostra como 'um curta de Isabella Rosellini', achei uma tremenda enganação eh, eh

MOSTRA SP | Horas de Verão


Começando cedo no sábado 25, depois de perder uma apresentação grátis de Sonny Rollins, pelo TIM Festival, no Parque Ibirapuera numa manhã ensolarada, por acordar tarde demais, Kinemail assiste o primeiro filmaço da maratona, Horas de Verão, do ainda pouco conhecido Olivier Assayas, francês de 43 anos, realizador de Irma Vep, Demonlover, Clean e um curta de Paris, Eu te Amo. Horas de Verão já está comprado para o Brasil. Filme acompanha as vidas de três irmãos (entre eles, Juliette Binoche), após a morte da mãe, no processo de venda da velha casa de campo onde nasceram e cresceram e das obras de arte colecionadas pela família, incluindo quadros de um tio, famoso pintor, muito valiosos. Filmando cada vez melhor, Assayas imprime um ritmo fascinante de montagem e movimentação contínua de câmeras e faz um painel humano tocante, sem nunca cair no melodrama fácil. Momento particularmente inspirado, perto do final, mostra os jovens da família, fazendo uma 'despedida' da casa já vazia e vendida, numa festa movida a hip hop, rock e namoros adolescentes. Filme bonito demais.

Cotação: Muito bom
Fernando Vasconcelos

domingo, outubro 26, 2008

MOSTRA SP | Rumo a Empire


Depois de uma conturbada quinta-feira, a sexta seria um dia para tirar o atraso da mostra e se recuperar. Com ingressos para A Erva do Rato esgotados, arrisquei-me nessa produção indie americana e entrei na sala sem saber de nada sobre o filme. Mas antes não tivesse entrado: Rumo a Empire é uma catástrofe que começa mal e termina ainda pior.

A trama acompanha Charlie, administrador de uma companhia de aviação que acaba se envolvendo com negócios ilícitos. Algo dá errado e ele precisa viajar para uma cidade chamada Empire, que fica na Califórnia, para resolver o problema. Recém-casado, ele decide levar sua esposa Katherine consigo, mas sem contá-la a verdadeira razão da viagem. No decorrer da história, Katherine vai descobrindo o homem com quem ela realmente casou.

Rumo a Empire tenta criar alguma tensão, mas o diretor/roteirista Michael Sibay é incompetente demais para a tarefa e os diálogos risíveis cuspidos pelo medíocre elenco torna a experiência mais irritante, sem falar na trilha épica equivocada. Mas o pior é que o filme realmente se leva a sério. Ao colocar uma estapafúrdia virada final, Sibay enfia uma estúpida e infatil mensagem político-social que me fez rir alto do grande clímax. E o que dizer de um filme que possui um personagem médico chamado Dr. Marciano?

O longa é tão cansativo e bobo que algumas pessoas abandonaram a sala durante a sessão. Eu, na minha inocência, fiquei até o fim na esperança de que o filme melhorasse. Era mais negócio ter acompanhado os sortudos que decidiram não assistir ao fim dessa bagaceira...

Cotação: Péssimo
Filipe Marcena

MOSTRA SP | A Erva do Rato


Sexta-feira, dia complicado para tirar entradas, consegui uma para a última sessão de A Erva do Rato, de Julio Bressane, em concorrida sessão esgotada, para o novo multiplex do luxuoso shopping Bourbon, novas salas no circuito da Mostra. A sala, com apenas 60 lugares e um confortável sofá como última fila, curiosamente teve sessão vazia, não mais que 20 espectadores, sinal de que a produção do filme deve ter distribuído convites que não foram utilizados.

Filme é baseado livremente em dois textos de Machado de Assis, A Causa Secreta e Um Esqueleto. Bem recebido no Festival de Veneza, o filme é uma experimento literário e pictórico, com referências como Edouard Manet, onde destaca-se o trabalho de fotografia e iluminação de Walter Carvalho, trabalhando em formato largo de tela (CinemaScope). De dificílima digestão para o público médio, o filme só terá carreira comercial graças aos atores principais, Selton Mello e Alessandra Negrini. No filme, os protagonistas sem nome Ele e Ela, conhecem-se num cemitério e iniciam um estranho relacionamento conjugal, marcado por elementos simbólicos repulsivos, como ratos e esqueletos, além do uso da própria imagem, em fotos eróticas que Ele realiza com Ela. Para iniciados na fase atual de Bressane, o filme é uma experiência válida, mas não tão interessante como Filme de Amor (2006), por exemplo.

Cotação: Regular
Fernando Vasconcelos

MOSTRA SP | KFZ-1348


Finalmente Kinemail começa a cobrir a Mostra SP nessa quinta 23. A idéia era assistir já uns 3 filmes no primeiro dia, mas só deu pra ver sessão de noite e o escolhido foi o documentário pernambucano KFZ-1348, de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso (FOTO), em sua primeira exibição na Mostra, numa sessão cheia de amigos, incluindo os diretores, o produtor João Vieira Jr. e o montador Daniel Bandeira. O filme, que teve uma versão de pouco mais de 50 minutos exibido na TV (no SBT), foi exibido na Mostra na sua versão mais longa, 81 mintos, a preferida dos diretores. Em 1965, um fusca é vendido a um jovem engenheiro civil de São Paulo. Quarenta anos se passam e o carro vai parar num ferro-velho do Recife, com a placa KFZ-1348. Nessa trajetória de quatro décadas, o carro passou pelas mãos de outros sete proprietários. De um empresário paulista a uma cabeleireira do interior de Pernambuco. Para cada um deles, o fusca teve seu valor, sua importância, em diferentes momentos da história do Brasil.

Boa notícia: KFZ-1348 já está entre os finalistas para a premiação no encerramento da Mostra,
e Marcelo Pedroso me informou que o célebre diretor alemão Win Wenders, convidado da Mostra, mostrou interesse pelo filme, que tem chances de sair premiado. Embora em sua versão mais longa o filme tenha alguns problemas de ritmo, é um bom documentário, gênero que, aliás, vem produzindo os melhores filmes brasileiros recentes.

Cotação: bom
Fernando Vasconcelos

quarta-feira, outubro 22, 2008

MOSTRA SP | Quinta 23 e sexta 24


Nessa quinta-feira completam-se sete dias de mostra, mas mesmo depois de meio caminho andado há muita coisa pra se assistir. Hoje serão exibidos alguns filmes já bem recebidos em sessões anteriores, como Horas de Verão (FOTO), de Olivier Assayas, drama sobre dois irmãos e uma irmã (Juliette Binoche) que relembram a infância após a morte da mãe.

O documentário pernambucano KFZ – 1348, de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso, sobre um fusca que passou por proprietários e gerações bem diferentes terá hoje sua primeira sessão na mostra (a montagem é de Daniel Bandeira, diretor do já exibido Amigos de Risco.), enquanto Adoração, do egípcio Atom Egoyan, terá a sua última depois de receber críticas positivas.

Sinédoque, Nova York, de Charlie Kaufman, deve lotar suas duas últimas sessões – uma hoje e outra amanhã – em grande parte por causa de seu estrelado elenco que conta com Phillip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Michelle Williams, Emily Watson, Samantha Morton, Hope Davis, Jennifer Jason Leigh e Dianne Wiest. O documentário Confissões de Super-heróis, de Matthew Ogens, chamou atenção ao retratar a vida de pessoas que se caracterizam de Superman, Batman, Mulher-maravilha e Hulk pra ganhar a vida na calçada da fama.

Hoje também é a última chance de conferir Fim de Verão, de Yasujiro Ozu, penúltimo filme do cineasta japonês. O longa foi escolhido por Wim Wenders e a sessão é gratuita. Destaque também para Kinogamma, de Siegfried, filme mudo e dividido em duas partes que promete uma experiência puramente cinematográfica.

Sexta-feira cheia de sessões especiais: o oscarizado Carruagens de Fogo tem hoje a primeira de duas exibições em homenagem ao seu diretor Hugh Hudson; Mundo Grua e Do Outro Lado da Lei terão sessões seguidas na retrospectiva Pablo Trapero; O canadense Meu Winnipeg de Guy Maddin, diretor do festejado Brand Upon The Brain!, será exibido junto com Pornô Verde, curta dirigido por Isabella Rossellini e Jody Shapiro, que é fotógrafo do filme de Maddin; e Retransformafrikando Filme Show será uma apresentação única e multimídia concebida e produzida por André Abujamra, que terá participações de Antônio Abujamra, Hugo Hori e Fernanda Takai.

A sexta ainda terá sessões de Conhecendo Andrei Tarkovsky, onde o cineasta Dmitry Trakovsky sai em busca do legado de seu diretor favorito; A Vida Moderna, documentário onde Raymond Depardon questiona o que será da vida de fazendeiros do interior francês no mundo atual; O Silêncio de Lorna, de Jean-Pierre e Luc Dardenne, onde uma garota se vê presa a um mórbido segredo; e A Erva do Rato, de Julio Bressane, onde Ele (Selton Mello) e Ela (Alessandra Negrini) iniciam um estranho relacionamento, livremente inspirado nos contos A Causa Secreta e Um Esqueleto, de Machado de Assis.

sábado, outubro 18, 2008

MOSTRA SP | Sábado 18 e domingo 19


Nesse primeiro final de semana, muitos destaques na programação. Difícil é escolher o que ver. Sessão imperdível para cinéfilos é O Poderoso Chefão de Coppola, em cópia restaurada, raríssima chance de ver o filme numa tela de cinema. Exibe só duas sessões, uma sábado e uma domingo, e deverá provocar tumulto nas filas. Da Mostra Ingmar Bergman, exibem esse fim de semana Prisão, A Paixão de Anna e o magistral Fanny e Alexander. As sessões fashion, para delírio dos moderninhos de plantão, serão Queime Depois de Ler dos Coen Bros. e Rebobine, Por Favor, de Michel Gondry.

Os italianos Gomorra e Il Divo, premiados em Cannnes, são boas pedidas. Também destacado em Cannes, O Silêncio de Lorna, dos irmãos Dardenne. Os quatro longas do argentino Pablo Trapero, Do Outro Lado da Lei, Família Rodante, Nascido e Criado e o novo Leonera (FOTO) e o novo do também argentino Daniel Burman, Ninho Vazio, estão na programação desse fim de semana. Entre os títulos nacionais, temos Feliz Natal de Selton Mello, Juventude e Todo Mundo tem Problemas Sexuais, ambos de Domingos Oliveira, e Amigos de Risco, do pernambucano Daniel Bandeira.

Dois que eu não perderia se já estivesse aí seriam Alexandra de Alexander Sokurov e Horas de Verão de Olivier Assayas. Confira e comente. Mas, claro, há um cardápio variadíssimo de muitos filmes, vários deles compeltamente desconhecidos, que valem arriscar uma sessão. Difícil é escolher... E isso é o bom da Mostra :)

quarta-feira, outubro 15, 2008

MOSTRA SP | Mais indicações do Kinemail



Entre atores e roteiristas estreando na direção, temos Matheus Nachtergaele com A Festa da Menina Morta; Selton Melo e seu Feliz Natal, que terminou em discussão no FestRio graças a cenas de nudez envolvendo a atriz Graziella Moretto; Malu Mader, co-diretora de Contratempo junto com Mini Kerti; Charlie Kaufman com Sinédoque, Nova York, estrelado por Phillip Seymour Hoffman; e o menos conhecido Clark Gregg, ator em Magnólia e Homem de Ferro, agora como diretor de Choke, adaptação do livro No Sufoco de Chuck Palahniuk (Clube da Luta).

Entre os documentários, Como Diz A Bíblia de Daniel G. Karslake, sobre a relação igreja versus homossexualismo nos EUA; os músicos e cantores de tango de Café dos Maestros de Miguel Kohan; a viagem da família de Bob Marley ao Africa Unite, de Stephanie Black; A Vida Moderna, de Raymond Depardon e o aguardado Procedimento Operacional Padrão de Errol Morris (Sob a Névoa da Guerra), sobre as torturas na prisão de Abu Ghraib. Entre raridades que merecem ser descobertas, recomendamos Serbis (FOTO), de Brillante Mendoza, sobre família que mora em um cinema pornográfico; o horror sueco Deixe Ela Entrar (FOTO), de Tomas Alfredson, história de amor poética e sanguinolenta; 24 City, o mais novo filme de Jia Zhang-ke, que teve toda sua obra exibida na Mostra SP 2007 e Lições Particulares, de Joachim Lafosse, muito elogiado em Cannes 2008.

A partir da próxima quinta 23, eu e Fernando Vasconcelos estaremos em São Paulo, para cobrir o restante da maratona, postando nossas opiniões sobre os filmes vistos diariamante aqui.
Filipe Marcena www.kinemail.com.br

MOSTRA SP | Mais boas apostas. Agende-se!


Filmes premiados em festivais estrangeiros recentes já estão na agenda dos cinéfilos: A Canção dos Pardais (de Majid Majidi, Urso de Prata melhor ator Berlim 2008), Gomorra (de Matteo Garrone, Grand Prize Cannes 2008), Il Divo (de Paolo Sorrentino, prêmio do júri Cannes 2008), Nuvem 9 (de Andreas Dresen, prêmio do júri Un Certain Regard Cannes 2008), Rio Congelado (de Courtney Hunt, prêmio do júri em Sundance), Three Monkeys (de Nuri Bilge Ceylan, melhor direção Cannes 2008) e o documentário em desenho animado Valsa com Bashir (FOTO) de Ari Folman, seleção oficial Cannes 2008.

MOSTRA SP | Boas apostas na programação


Títulos para cinéfilos de carteirinha não vão faltar: Adoração, de Atom Egoyan; A Fronteira da Alvorada (FOTO) de Philippe Garrel que foi vaiado em Cannes; Alexandra do russo Alexander Sokurov; CSNY Déjà Vu de Neil Young; Encontro às Cegas do também ator Stanley Tucci; Horas de Verão de Olivier Assayas; o indicado ao Oscar Katyn do polonês Andrzej Wadja; Mais Tarde Você Entenderá de Amos Gitai; Nucigen Haus de Raoul Ruiz; O Silêncio de Lorna, dos bicampeões belgas da Palma de Ouro Jean-Pierre e Luc Dardenne; Um Homem Bom, com Viggo Mortensen, dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim. Do Brasil, serão exibidos A Erva do Rato de Julio Bressane, Canção de Baal de Helena Ignez, Garapa de José Padilha, Pachamama de Eryk Rocha (filho de Glauber), Juventude e Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, ambos de Domingos de Oliveira e os pernambucanos Amigos de Risco de Daniel Bandeira e KFZ-1348 de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso.

Mostra SP 2008 | por Filipe Marcena

Começa a edição 2008 da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, festival que pára a capital paulista e abre as portas de suas salas de cinemapara o que há de mais interessante no cenário cinematográfico atual, para o delírio dos cinéfilos de plantão. Nas telonas da maior metrópole do Brasil serão projetados novos filmes de diretores reconhecidos, filmes de diretores nem tão conhecidos, reapresentações de clássicos e homenagens a diretores consagrados ou que merecem ser redescobertos. Esse ano tem retrospectivas de Ingmar Bergman e do japonês Kihachi Okamoto, exibição especial da série em 15 capítulos Berlin Alexanderplatz de Rainer Werner Fassbinder e homenagens a Hugh Hudson e Pablo Trapero (que estará presente para uma Oficina de Cinemadurante a Mostra), além de uma seleta lista de filmes escolhidos por Wim Wenders, incluindo clássicos de Ozu e Truffaut. Agende-se para esses 14 dias de cinefilia radical!

LONGAS FILAS

Entre os filmes que certamente causarão correria atrás de ingressos estão os novos trabalhos de Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona), Ed Harris (Apaloosa, seu segundo filme como diretor), Jonathan Demme (O Casamento de Rachel, com Anne Hathaway), Michel Gondry (Rebobine, Por Favor), Guy Ritchie (Rock’n’Rolla), Guel Arraes (Romance), Bruno Barreto (Última Parada 174) e o mais recente longa dos irmãos Coen, Queime Depois de Ler, estrelado por Brad Pitt, George Clooney, John Malkovich e Tilda Swinton. Prometem lotar sessões também uma nova versão de Wong Kar Wai (Cinzas do Tempo Redux, de 1994) e, claro, as duas sessões para O Poderoso Chefão de Coppola.

Ainda fazem parte da seleção filmes que entram em cartaz em breve nos multiplexes, como as comédias O Roqueiro de Peter Cattaneo e Segurando As Pontas de David Gordon Green, a adaptação do game Max Payne, blockbuster com Mark Wahlberg. Um caso a parte é o novo longa de Steven Solderbergh, Che. O protagonista Benicio Del Toro estará presente na cidade para prestigiar o filme, que será exibido na íntegra (4h28 de duração), e não dividido nas duas partes em que será lançado comercialmente, como aconteceu parecido com Grindhouse de Tarantino e Rodriguez no ano passado.

Começa a 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - 17 a 30 de outubro de 2008


O Blog do Kinemail está reativado, para cobrir a Mostra SP 2008. Este ano, só cobriremos em São Paulo a partir da quinta 23, mas a partir dessa sexta 17, confira aqui dicas diárias da programação e envie seus comentários sobre filmes vistos.