Uma grande surpresa no Festival de Berlim, RICKY, o novo filme de François Ozon (8 Mulheres, Swimming Pool, O Amor em 5 Tempos, O Tempo que Resta) é daqueles que não se deve falar muito do enredo, para não estragar a surpresa. Primeiro filme visto pelo Kinemail nessa Mostra, começa mostrando de forma seca erealista a vida de Katie mulher francesa operária com um filha,quando ela conhece Paco (Sergi Lopez, de O Labirinto do Fauno), companheiro de trabalho com quem se envolve e logo engravida. O novo filho é o Ricky do título, um bebê que tem algo de extraordinário e dará nova vida ao cotidiano triste e cinzento da família de Katie. A partir daqui o filme, baseado no conto Moth de Rose Tremain, ganha um tom de fantasia que poderia estar num filme fantástico de STeven Spielberg para multidões, inclusive com efeitos especiais digitas que convivem muito bem com a naturalidade do pequeno bebê em cena. Mas estamos num filme de François Ozon, que usa a fantasia como uma alegoria para ressaltar a triste realidade dos personagens. Não é a primeira vez que Ozon faz isso, em Sob a Areia e Swimming Pool, podemos dizer que existem elementos de fantasia cinematográfica. Mas com RICKY, o cinema de Ozon está mais acessível que nunca, capaz de emocionar e encantar maiores plateias, mas ainda assim mantendo a assinatura muito pessoal desse sempre interessante diretor francês.
Por Fernando Vasconcelos
Cotação: BOM
Visto em 23/10 no Reserva Cultural
2 comentários:
Coincidentemente, esta semana assisti ao surreal "8 Mulheres", desse mesmo diretor. Este novo, "Ricky", deve ser no mínimo interessante.
8 MULHERES está na Mostra também, numa retrospectiva da atriz Fanny Ardant, que está aqui como convidada e lançando o primeiro filme dirigido por ela. Além de uma tulha de filmes novos, a Mostra ainda conta com essas retrospectivas, mostras e seleções especias. É MUUUITO filme, eh eh
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