ANDER é um homem solitário que mora com a irmã e a mãe numa fazenda em Basque, Espanha, em agosto de 1999. Homossexual enrustido, Ander passa seus dias ordenhando vacas, cuidando da horta, alimentando porcos e saindo na companhia de seu amigo Iñaki e da prostituta Reme, enquanto sua mãe questiona a sua dificuldade em encontrar uma esposa. Um dia ele se acidenta e quebra a perna, ficando imobilizado na cama. É quando a família contrata o jovem peruano José para trabalhar na fazenda e cuidar de Ander, levando ao despertar de sentimentos há muito tempo reprimidos. O filme é espanhol, mas poderia facilmente se passar no Brasil, ao abordar uma família tradicional e rígida do interior que, ao poucos, modifica-se com a chegada do novo milênio. O diretor Roberto Gastón deixa sua marca no filme, com um belo trabalho de câmera na primeira hora do filme para logo depois deixá-la invisível, privilegiando os personagens e diálogos e também conduzindo uma experiência temporal bem interessante. Outra coisa boa é que ANDER afasta qualquer tipo de clichês gays, tanto Ander quanto José são homens comuns, mais próximos do padrão de comportamento heterossexual, como os personagens de Brokeback Mountain, e até mesmo a amiga prostituta é tratada sem clichés.
Filme é apenas um pouco longo, pouco mais de duas horas, mas vale ser descoberto. Produção espanhola pequena, com atores desconhecidos, é o tipo de filme que talvez só tenhamos chance de ver na tela grande numa mostra diversa e farta como esta.
por Filipe Marcena
Cotação: BOM
Visto em 24/10 no Frei Caneca Unibanco Artpelx
Filme é apenas um pouco longo, pouco mais de duas horas, mas vale ser descoberto. Produção espanhola pequena, com atores desconhecidos, é o tipo de filme que talvez só tenhamos chance de ver na tela grande numa mostra diversa e farta como esta.
por Filipe Marcena
Cotação: BOM
Visto em 24/10 no Frei Caneca Unibanco Artpelx
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