Segunda, 22 - DO OUTRO LADO Ale/Turquia, 2007
Esse aqui é que foi uma tremenda decepção. Dirigido pelo jovem turco-alemão Faith Akin, 34 anos, que ganhou notoriedade com o belo Head On - Contra a Parede (2005, disponível em DVD), Do Outro Lado ganhou prêmio de melhor roteiro em Cannes 2007, com um roteiro de construção orgulhosa em que vários personagens e historinhas se cruzam com coincidências tão poéticas quanto artificiais. A lembrança de Crash e Babel paira no ar e não é bom sinal. A impressão que dá é que roteiros assim são escritos em função da possibilidade de ganhar prêmios em festivais de cinema. E funcionam. A pretensão aqui é abordar os contrastes culturais e sociais dos imigrantes turcos na Alemanha. Dividido em dois atos envolvendo tragédias acidentais, o primeiro é A Morte de Yeter, uma prostituta turca na Alemanha, e é mais interessante. O segundo ato, A Morte de Lotte, uma garota alemã na Turquia, sofre de humanismo forçado, maquinações nem um pouco críveis do roteiro e, quando a moça é atingida por uma bala perdida num bairro miserável da Turquia (oh não... Babel 2??), eu já havia desistido do filme, que caminha para uma meia hora final de reconciliações de família, discurso 'humano' dos personagens etc. Cheio de boa intenção mas... quem ainda agüenta esses roteiros que, equivocadamente, são considerados 'influência' de Robert Altman? O cinema de Altman nunca teve nada a ver com blefes como Crash, Babel e, agora, esse Do Outro Lado. Como curiosidade, o elenco conta com a atriz Hanna Schygulla, hoje uma senhora alemã, mais conhecida como a sexy atriz de filmes de R.W. Fassbinder nos anos 80.
Cotação: bom, pra menos
Esse aqui é que foi uma tremenda decepção. Dirigido pelo jovem turco-alemão Faith Akin, 34 anos, que ganhou notoriedade com o belo Head On - Contra a Parede (2005, disponível em DVD), Do Outro Lado ganhou prêmio de melhor roteiro em Cannes 2007, com um roteiro de construção orgulhosa em que vários personagens e historinhas se cruzam com coincidências tão poéticas quanto artificiais. A lembrança de Crash e Babel paira no ar e não é bom sinal. A impressão que dá é que roteiros assim são escritos em função da possibilidade de ganhar prêmios em festivais de cinema. E funcionam. A pretensão aqui é abordar os contrastes culturais e sociais dos imigrantes turcos na Alemanha. Dividido em dois atos envolvendo tragédias acidentais, o primeiro é A Morte de Yeter, uma prostituta turca na Alemanha, e é mais interessante. O segundo ato, A Morte de Lotte, uma garota alemã na Turquia, sofre de humanismo forçado, maquinações nem um pouco críveis do roteiro e, quando a moça é atingida por uma bala perdida num bairro miserável da Turquia (oh não... Babel 2??), eu já havia desistido do filme, que caminha para uma meia hora final de reconciliações de família, discurso 'humano' dos personagens etc. Cheio de boa intenção mas... quem ainda agüenta esses roteiros que, equivocadamente, são considerados 'influência' de Robert Altman? O cinema de Altman nunca teve nada a ver com blefes como Crash, Babel e, agora, esse Do Outro Lado. Como curiosidade, o elenco conta com a atriz Hanna Schygulla, hoje uma senhora alemã, mais conhecida como a sexy atriz de filmes de R.W. Fassbinder nos anos 80.
Cotação: bom, pra menos
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